
Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes
Rádio Band FM - Grande Dourados - 104.7 FM
Quem sou eu

- toninha veras
- Não sei você, mas vou atrás de mim mesma. Estou saindo de férias, volto assim que me encontrar.Bom dia"
Poema ao acaso
Poema ao acaso
Na meia luz do picadeirodo nosso circo, antes que cheguem,os que serão nossa platéia,nossa penumbra interna pulsada sua própria intensidadepor sobre o chão de pó de serra.Que pensarão aqueles todosque vão chegar, portando angústia,da angústia vã dos nossos números?Nem saberão que nós sabemosque eles também morrem de angústia,que são convivas da miséria,do mesmo modo que nós somos.E que eles têm, como nós temos,a sua volta, um outro circo,de um toldo azul, de azul intenso.Na corda bamba, dançaremos,como um prodígio de equilíbrio,mas todos eles, que nos olham,na corda bamba também vivem.Se a nossa veste é a do palhaçotrazendo o riso a nosso circo,é bom lembrar que também elesque não se pintam da pinturaque em nossos rostos ostentamos,por muitas vezes são palhaçosno enorme circo em que pelejam.Em nosso sangue o pó de serrageme e soluça, e rasga a carne,se somos mímicos ou trágicos....Mas quanta vez eles são gesto,trágico gesto, se lhes calama voz, impondo-lhes silêncio.Nossa libré de domadorserá de um circo noutro Circo.
Na meia luz do picadeirodo nosso circo, antes que cheguem,os que serão nossa platéia,nossa penumbra interna pulsada sua própria intensidadepor sobre o chão de pó de serra.Que pensarão aqueles todosque vão chegar, portando angústia,da angústia vã dos nossos números?Nem saberão que nós sabemosque eles também morrem de angústia,que são convivas da miséria,do mesmo modo que nós somos.E que eles têm, como nós temos,a sua volta, um outro circo,de um toldo azul, de azul intenso.Na corda bamba, dançaremos,como um prodígio de equilíbrio,mas todos eles, que nos olham,na corda bamba também vivem.Se a nossa veste é a do palhaçotrazendo o riso a nosso circo,é bom lembrar que também elesque não se pintam da pinturaque em nossos rostos ostentamos,por muitas vezes são palhaçosno enorme circo em que pelejam.Em nosso sangue o pó de serrageme e soluça, e rasga a carne,se somos mímicos ou trágicos....Mas quanta vez eles são gesto,trágico gesto, se lhes calama voz, impondo-lhes silêncio.Nossa libré de domadorserá de um circo noutro Circo.
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